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Publicado a:
08/06/2022

Escrita:
Ricardo Atayde

Requinte na transição energética com Lexus NX 450h+

Artigo Publicado na Revista Automotive [Edição especial 10º aniversário].

 

A Lexus lançou o seu primeiro híbrido-plug in: o novo NX 450h+. É um SUV de luxo, que representa mais um passo diferenciador na eletrificação da marca, depois desta ter lançado o modelo UX totalmente elétrico em 2021.

Os SUV’s na Lexus têm um historial de inovação. Em 2005 a Lexus decidiu introduzir a motorização híbrida nos seus veículos, sendo o modelo RX400h – um potente SUV – o pioneiro dessa hibridização. Desde essa data que a Lexus tem sido inovadora na eletrificação dos seus modelos, tendo sido a primeira marca a ter toda a sua gama eletrificada com automóveis full hybrid.

Com este NX, a Lexus faz agora a sua estreia no segmento dos plug-in (PHEV), um segmento muito apreciado pelas frotas em Portugal, devido aos incentivos fiscais. Para realizar o assessment em contexto empresarial, convidámos João Guerra, diretor de Marketing e Comunicação da Helexia Portugal, que nos conta a sua experiência ao volante do Lexus NX 450h+:

“Achei muito interessante o convite da Revista Automotive para este assessment, porque é uma forma inovadora de abordar os automóveis, colocando-os à prova nas empresas. No meu caso em particular, e apesar de já ter testado muitos carros, é a primeira vez que conduzo um Lexus. Do ponto de vista da empresa, um dos vetores-chave da Helexia é a mobilidade elétrica, onde os carregadores elétricos são a parte mais visível da nossa atuação neste mercado.

Tendo em conta que este é o primeiro Lexus híbrido a poder ser carregado num posto, faz todo o sentido que seja num da Helexia. Para isso, escolhi os nossos primeiros postos de carregamento instalados em 2020 em Portugal, localizados no hipermercado Auchan de Alverca.

 

Enquanto o carro fica a carregar, consigo apreciar as linhas estéticas deste Lexus que estão muito bem conseguidas. É um SUV bastante agradável ao olhar, que tem uma presença vincadamente premium. Não foi preciso carregar muito este NX, porque já me foi entregue com a bateria quase cheia. Pelo que percebi, fruto do modo “self charging” onde o motor a combustão além de funcionar como propulsor, também carrega integralmente as baterias.

Conduzo carros elétricos desde 2016. Naquela altura, os carros elétricos eram equipados com baterias muito pequenas e existiam poucos postos de carregamento em Portugal, motivo pelo qual tive vários sustos por causa das autonomias. Hoje em dia, com o aumento da capacidade das baterias e com uma rede de postos de carregamento, a situação é muito mais fácil de gerir. Claro que ainda exige algum planeamento, principalmente numa viagem mais longa.

Neste Lexus PHEV é fácil vermos os quilómetros de autonomia em modo 100% elétrico, bem como a autonomia do motor a combustão. No início desta viagem marca 60kms em modo elétrico e 720kms a combustão.

 

Expansão elétrica

Ainda há espaço para crescer a rede de postos de carregamento em Portugal, através de quatro grandes áreas: a rede privada, aquela que vai ser incorporada às empresas para dar suporte às suas frotas cada vez mais eletrificadas; a rede pública citadina, ou seja, aquela disponível na via pública; a rede pública de longa distância, aquela que está nas autoestradas para dar suporte a viagens de grande distância; e a rede pública em estabelecimentos comerciais, onde existe ainda um potencial ainda maior de crescimento.

Dentro da Helexia temos toda a frota certificada pelo MOVE+, que é um sistema criado pela ADENE para certificar a sustentabilidade das frotas. Neste momento passamos da classificação B, para A, fruto da nossa redução em 20% do consumo específico de energia e da redução de 18% das emissões específicas de CO2, entre outros fatores. Internamente, temos na Helexia um concurso do melhor condutor do ano e, em 2021, acabei por ganhar esse concurso.

Mudei o meu estilo de condução desde que comecei a conduzir carros elétricos, e agora tenho uma condução muito mais vocacionada para a poupança energética. Em ambiente citadino, gosto de aproveitar todos os momentos para regenerar a bateria, e este NX tem inclusive umas patilhas no volante onde posso selecionar o grau de regeneração.

Na prática são 5 níveis de regeneração, onde o nível 1 é o mais forte, resultando também numa desaceleração mais brusca do carro. Prefiro manter no nível 3, onde a regeneração é eficiente e propicia uma travagem mais suave deste SUV. Esta utilização das patilhas para travar o carro ajuda na interatividade do carro com o condutor.

Notei que é possível circularmos em modo totalmente elétrico mesmo fora da cidade, onde em autoestrada facilmente chegamos aos 120km/h, sempre em modo 100% elétrico. Claro que este motor elétrico não tem uma aceleração tão rápida (como um carro 100% elétrico tem), mas mostra grande competência das baterias de 18.1KhW em providenciar uma viagem agradável e até expedita. Quando é preciso potência, basta premir mais no acelerador, e o motor a combustão revela toda a sua vivacidade, nos cerca de 310cv deste propulsor.

Os modos de condução eco/normal/sport fazem grande diferença na dinâmica do carro, principalmente o sport onde o motor a combustão reage de forma mais imediata e com um som a condizer com essa dinâmica. Pessoalmente ainda prefiro o modo 100% elétrico, mas percebo para quem ainda tem a necessidade de ouvir o som dos motores a combustão, este plug-in é uma boa solução de transição.

 

Visão integrada da energia

Na Helexia olhamos para a energia de uma forma integrada, com o objetivo da descarbonização. Isso passa pela utilização de energias renováveis (como a fotovoltaica, por exemplo), a energia elétrica, mas também nas biomassas e hidrogénio, no caso das empresas que ainda precisam de energia térmica para a sua produção industrial.

Trabalhar a energia de forma integrada significa que não basta substituir as fontes de energia. Nós analisamos as empresas e tornamo-las mais eficientes de uma forma global. Por exemplo, não basta implementar painéis fotovoltaicos, quando as máquinas de produção de uma empresa são totalmente ineficientes e não existe uma gestão de energia integrada em todo o processo produtivo. Na Helexia fazemos todo esse trabalho de análise global.

Revejo neste Lexus um certo paralelo com a nossa atuação integrada nas energias. Por exemplo, quando a bateria deste NX esgotou (depois de 65km em condução 100% elétrica – incluído autoestrada), o motor a combustão entrou em funcionamento, mas não ficou a gastar muito: cerca de 8 litros aos 100km, o que é muito bom tendo em conta que tem um motor 2.5 a gasolina, e este SUV tem quase duas toneladas de peso.

Mesmo com a bateria esgotada, notei que muitas vezes o motor elétrico entrava em funcionamento, principalmente para dar mais estabilidade numa condução mais dinâmica, conferindo tração às quatro rodas. Isto denota uma visão holística da gestão da energia, e não apenas focada em autonomias.

 

Conclusões

O Lexus NX 450h+ é um carro muito fácil de conduzir e extremamente agradável em todas as suas características. O que mais me surpreendeu: é tão confortável e tão estável, que não noto a velocidade. É impressionante como é fácil atingir velocidades mais altas, sem que se note. Isto também deve proporcionar uma boa viagem para os passageiros, que têm neste NX bastante espaço e muito requinte para usufruírem.

Vejo este carro como um excelente modelo para cargos de direção desde o topo, até direções comerciais ou operacionais. E para todos aqueles que pretendam fazer uma transição energética de forma suave e com um certo requinte. Tanto nos interiores, como no exterior, a Lexus deu tem muita atenção aos detalhes, materiais e acabamentos, tornando-o requintado, mas sem que seja opressivo. Notei uma panóplia de sistemas de assistência à condução, baseados numa tecnologia avançada de sensores.

Diria que esta atenção ao detalhe e a sensorização é um campo comum à Helexia, onde tudo o que fazemos é avaliado e parametrizado ao ínfimo detalhe, para que os clientes tenham a melhor experiência de descarbonização eficiente e integrada. Tal como foi a experiência de condução deste NX 450h+”, conclui João Guerra.

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