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Publicado a:
07/11/2022

Escrita:
Catarina Padrão

COP27 – Conferência do clima 2022


O que é a COP?

A sigla COP significa “Conferência das Partes” (“Conference of the Parties”, em inglês) e consiste em reuniões regulares entre os países que compõem a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Nestas reuniões participam autoridades governamentais, cientistas e representantes da sociedade civil para debater sobre causas e efeitos das mudanças climáticas. Existe o objetivo de definir metas e estabelecer acordos nacionais e globais para solucionar problemas ambientais, como o aquecimento global.

A COP27.

A COP 27 decorre de 6 a 18 de novembro em Sharm el-Sheikh, no Egito e tem a participação de 197 países. Nos 12 dias de evento, os participantes vão debater sobre a adaptação climática, mitigação dos gases com efeito de estufa, o impacto climático na questão financeira e a colaboração para conter o aquecimento global. O calendário completo da COP-27 pode ser consultado no site do evento.

A edição anterior (COP 26) ocorreu em Glasgow, na Escócia, entre os dias 31 de outubro e 13 de novembro de 2021, foi realizada com um ano de atraso devido à pandemia da Covid-19

O que esperar?

Que sejam concretizadas as medidas identificadas para redução das emissões de gases de efeito de estufa (GEE) e travar a crise climática.

É igualmente importante debater como superar e financiar as consequências da crise climática, já visíveis nos países mais pobres.

Isto é extremamente importante quando presenciamos eventos extremos como as ondas de calor na Europa, no mais quente verão dos últimos 500 anos, as chuvas torrenciais em grande parte do território do Paquistão, a seca que tem afetado milhões de pessoas nos países do Corno de África ou mesmo os efeitos devastadores do furacão “Ian” nos Estados Unidos da América. “Nenhum país e nenhuma economia estão imunes à crise climática”, como referido recentemente pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

Temos razões para estar otimistas?

A crise energética, a invasão da Rússia e a crise económica que estamos a atravessar, tem impacto nas expetativas e otimismo do que possa sair desta COP27.

A guerra por um lado levou vários países a acelerar a sua aposta em energias de fonte renovável, mas outros correram para os combustíveis fósseis, avançando com novas perfurações em busca de gás, petróleo e carvão.

Um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) dá conta de que as emissões globais de CO2 aumentaram 1% em 2022

É necessário agir.

É necessária ambição internacional para manter os objetivos estabelecidos em Paris, de forma a travar as alterações climáticas.

De acordo com o “Emissions Gap Report 2022”, os cortes de emissões a nível global, encaminham o planeta para uma subida da temperatura média de 2,8°C. Estes são valores acima do limite de 1,5°C que os cientistas consideram adequado para desacelerar a catástrofe.

É verdade que o desenvolvimento de energias renováveis tem estado em expansão, mas segundo a Agência internacional de energia, ainda só contribuem para 9% da energia elétrica produzida.

A UE está através do pacote Fit for 55 quer colocar em prática os compromissos de redução de 55% das emissões de gases de efeito de estufa até 2030, sendo que existe a intenção de reforço com mais medidas, de forma a acelerar este caminho.

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